Rotas

Viva experiências únicas

Rota Portas do Sol

Com recurso à realidade aumentada, a aplicação oferece conteúdos culturais, disponibilizados em português, inglês e espanhol, que surpreendem pela forma como nos surgem ao longo do percurso por 35 pontos de interesse entre o Largo do Calvário e a Praça do Município.

Junto ao Posto de Turismo, encontra um painel digital com as orientações sobre os conteúdos. Pode seguir a rota traçada ou optar por personalizar o seu percurso de acordo com o tempo que tiver. Depois, deixe-se surpreender pelas formas multissensoriais de exploração dos espaços e das ruas que a App permite, incluindo visitas virtuais 360® à Capela de Santa Cruz ou do Calvário, Igreja de Santa Maria Maior e Casa das Morgadas. Frequentemente, também lhe aparecem personagens históricas, como D. Dinis ou Pêro da Covilhã, industriais e trabalhadores das fábricas, ardinas ou estudantes da UBI, para lhe contar histórias da História da Covilhã.

A App é de utilização gratuita e está disponível a qualquer cidadão através da instalação no telemóvel.

Rota Arte Nova

A Covilhã, sendo um importante polo industrial, sempre teve uma burguesia receptiva às novas tendências, incluindo a Arte Nova, que influenciou tanto a decoração de interiores quanto a arquitetura local. Muitas marcenarias produziram móveis com detalhes desse estilo, como girassóis e folhagens talhadas em portas e gavetas.

Na arquitetura, a Arte Nova se manifesta em molduras de vãos ovalados, decorações azulejares e grades de ferro de varandas e portões. Exemplos marcantes incluem o Palacete Jardim, o Club União, o Colégio Moderno e a Agência do Banco Comercial Português. Além disso, há detalhes dispersos pela cidade, como vitrais, cachorros e grades de ferro em sacadas.

O “Colégio das Freiras” apresenta alguns dos mais antigos elementos dessa nova estética, embora ainda transitórios, como curvas geométricas nas portas-janelas e elementos cerâmicos na platibanda. Construído no final do século XIX ou início do XX pelo Comendador Campos Melo, destaca-se pela grandiosidade dos vãos iluminados.

O higienismo da época influenciou o uso de materiais duráveis e fáceis de limpar, como azulejos, mosaicos cerâmicos, ladrilhos e vidros coloridos ou martelados. Embora a Arte Nova não tenha tido grande impacto decorativo na Covilhã, influenciou significativamente elementos estruturais da arquitetura da cidade.

Rota Arte Urbana

A Covilhã possui um assinalável conjunto de intervenções espalhadas, maioritariamente, pela zona histórica da cidade. Com o intuito de dinamizar zonas degradadas e promover espaços esquecidos, a rota de Arte Urbana é um verdadeiro “museu” ao ar livre onde se presta uma homenagem ao passado glorioso da Covilhã enquanto um dos mais importantes centros de produção de lanifícios do País.

O WOOL – Festival de Arte Urbana da Covilhã, iniciado em 2011 foi o primeiro evento destas características no interior do País.
“O WOOL surpreende com a diversidade de expressões de criação artística contemporânea que leva à Covilhã, transformando a cidade e a percepção da cultura local – o festival adopta o nome da sua indústria, a Lã. Enquanto expressão efémera – pintura mural, graffiti, ilustração, intervenção visual – o WOOL tem a endurance, quase militância, demonstrada numa década contínua de proposta artística que, exibindo arte, influencia a percepção do fenómeno urbano e patrimonial.”(Livro WOOL | Covilhã Arte Urbana 2011-2021)

Visitas guiadas

Rota das Igrejas

O concelho da Covilhã, em especial o centro histórico possui um património religioso de elevada beleza e enorme valor histórico que além de preservar importa dar a conhecer, em primeiro lugar aos habitantes da Covilhã, mas também aos visitantes e turistas, que movidos pela curiosidade, possam ver e conhecer o que esta cidade tem de melhor e mais genuíno para oferecer.
A “Rota das Igrejas da Covilhã” é pois um projeto que visa a criação de uma rota visitável, tendo como objetivo a valorização do património histórico-religioso e o desenvolvimento do turismo de índole cultural e religioso no concelho.

Esta, integra ao todo 11 templos da cidade, que se encontram abertos num horário pré-determinado, sendo possível visitá-los e obter um conhecimento mais aprofundado sobre a sua história, com evidentes benefícios culturais e até de outra índole.
A rota poderá ser complementada com uma visita ao Museu de Arte Sacra.

Rota Caminhos
de Santiago

O concelho da Covilhã integra um importante caminho utilizado por peregrinos vindos do sul e de Castela em direção à Guarda e Trancoso, conectando-se ao “Caminho Português” ou à “Via de la Plata”. O “Caminho de Santiago no Concelho da Covilhã” percorre cerca de 13 km, entre o Ferro (Pedra do Adufe) e Peraboa (Capela do Divino Espírito Santo), sendo um trajeto de dificuldade média, bem sinalizado e seguro. Os peregrinos podem iniciar a peregrinação jacobeia neste percurso, recebendo a Credencial do Peregrino, desde que percorram um mínimo de 100 km a pé até Santiago de Compostela.

O Município da Covilhã acolhe os peregrinos e recomenda o uso de vestuário e calçado confortável, além do transporte de água, barras de cereais e frutos secos para evitar desidratação e fadiga.
O Albergue de Peregrinos, localizado no Ferro, está aberto desde maio de 2021 e oferece sete vagas por noite mediante reserva pelo número 964302817. A estadia custa 7€ e exige a apresentação da Credencial do Peregrino. O albergue dispõe de camas, duche quente, salas de convívio e cozinha para preparo de refeições. Ele integra o Caminho Via Portugal Nascente, com início em Tavira, e está em processo de certificação para garantir autenticidade e segurança.

A Credencial do Peregrino é essencial para pernoitar na maioria dos albergues e obter a Compostela, comprovando a peregrinação até Santiago de Compostela. Desde 2014, também permite obter um certificado da distância percorrida. O Albergue do Ferro possui o selo “Hospitalidade Jacobeia”, concedido pela Federação Portuguesa do Caminho de Santiago a entidades com excelência no acolhimento dos peregrinos.

Rota da Judiaria

Desde o final do Império Romano, existiam comunidades judaicas no território que viria a ser Portugal, organizadas em judiarias. A comunidade judaica da Covilhã, desde o século XII até ao início do século XX, foi a maior e mais influente da região da Serra da Estrela e uma das mais importantes do país. Dedicava-se ao comércio, artesanato e agricultura, impulsionando a indústria dos lanifícios.

No século XV, a cidade tinha dois núcleos hebraicos: um intramuros, junto às Portas do Sol, e outro extramuros, abrangendo a Rua do Ginásio e a Rua das Flores. Esta última caracteriza-se por ruas estreitas, imóveis altos e fachadas com elementos arquitetónicos judaicos, como portas de diferentes dimensões, janelas desenquadradas e ombreiras chanfradas.

Neste núcleo destacam-se três habitações com janelas manuelinas decoradas com motivos náuticos, duas na Rua das Flores e uma na Rua do Ginásio Clube. Para além das áreas habitacionais, a comunidade esteve ligada à fundação de estabelecimentos fabris por empresários cristãos-novos, como a Real Fábrica dos Panos, a Fábrica Campos Melo e a Fábrica Velha.

Uma destas janelas manuelinas foi restaurada pela autarquia e encontra-se na parte de trás da Câmara Municipal da Covilhã.

Rota Descobrir a Covilhã

O Programa “Descobrir a Covilhã” permite a realização de visitas guiadas, gratuitas, pelas zonas históricas da cidade para grupos com mais de 10 pessoas. É uma actividade dinamizada pelos técnicos do Museu de Arte Sacra que tem como objectivo principal, a promoção e a valorização do património cultural edificado, das tradições e sabores locais.

A Covilhã é uma cidade com história. D. Sancho concedeu-lhe o primeiro foral em 1186 tornando-a sede de um vasto termo que viria a estar na origem da província da Beira Baixa. Tornou-se conhecida pela produção de Lanifícios mas também pelo papel desempenhado pelos seus filhos. Aqui nasceram navegadores e cosmógrafos como Pêro da Covilhã, os irmãos Francisco e Ruy Faleiro, ou o mestre José Vizinho. Aqui nasceram Homens das letras e das artes como Frei Heitor Pinto, Eduardo Malta, Costa Camelo ou António Alçada Baptista.

As visitas devem ser marcadas com 48 horas de antecedência e são organizadas de acordo com os interesses de cada grupo, podendo resultar entre outros nos seguintes itinerários: Covilhã Medieval, Rota das Igrejas, Percurso genérico do centro histórico, Rota azul e branca (azulejos) e Em busca dos símbolos perdidos.

Mais informações e marcações

Rota do Património Industrial

Sob o epíteto de Covilhã – cidade fábrica propõe-se a realização de três percursos urbanos, circulares e complementares entre si, que têm como polo aglutinador o Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior. Estas rotas pretendem revisitar os espaços mais significativos da indústria de lanifícios da cidade da Covilhã, dando a conhecer, não só os espaços musealizados centrados na salvaguarda dos testemunhos industriais, como o núcleo museológico da Real Fábrica de Panos, manufatura de Estado instituída em 1764, pelo Marquês de Pombal, e a Real Fábrica Veiga, datada de 1784, que integram o Museu de Lanifícios, como observar um vasto património industrial disseminado pela cidade, abarcando edifícios fabris, estendedouros e râmolas de sol, chaminés, maquinismos, palacetes, bairros operários e outras infraestruturas de apoio a esta atividade.

Rota da Lã | Percurso 1

O percurso da Ribeira da Goldra, tem início no edifício da antiga firma de José Mendes Veiga (Real Fábrica Veiga), que é atualmente a sede do Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior. O complexo da Real Fábrica Veiga é constituído por três imóveis em cantaria de granito, situados junto à Ribeira da Goldra. Foi a sede de uma empresa de lanifícios histórica, fundada em 1784, por José Mendes Veiga, a partir de uma oficina de tinturaria. A sua instalação neste local, a partir de 1764, deveu-se à influência da intervenção pombalina realizada na Real Fábrica de Panos, tendo-se mantido em atividade desde finais do séc. XVIII a inícios do séc. XX. A primitiva edificação foi alvo de sucessivas ampliações até 1834, por ação deste industrial cristão-novo, quando se constituiu como fábrica completa. No seu período de apogeu (1835 a 1891), esta empresa abrangeu cerca de duas dezenas de unidades fabris, assim como diversas escolas de fiação disseminadas predominantemente pelos concelhos da Covilhã e do Fundão. De 1916 até à década de noventa do séc. XX, alojaram-se aqui outras firmas com atividades distintas, mas sempre do subsector dos lanifícios.

Entre 2000 e 2004, após a aquisição do imóvel pela Universidade da Beira Interior, foi realizada uma intervenção de recuperação e valorização arquitetónica, com a finalidade de o transformar em Centro de Interpretação dos Lanifícios. O complexo, com uma área bruta de cerca de 12.000 m2, acolhe a Sede do Museu, o Núcleo Museológico da Industrialização dos Lanifícios e o Centro de Documentação/Arquivo-Histórico.

Rota da Lã | Percurso 2

Este percurso da Ribeira da Carpinteira, tem início no Núcleo da Real Fábrica de Panos do Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior. Neste local, onde em meados do século XVIII existiam já oficinas de tecelagem e de acabamentos, foi construída a segunda grande manufatura de Estado, destinada a constituir-se como fábrica modelo, concentrando as várias operações de fabrico, e como motor de desenvolvimento da indústria local. Para a sua construção, o rei D. José I deu autorização para que se utilizassem as pedras da muralha medieval da povoação, que se encontravam caídas na sequência dos estragos do terramoto de 1755. Ao serviço desta Fábrica Real trabalhavam, em 1803, mais de três mil operários, contando com 356 trabalhadores só nas instalações principais da fábrica e outros 219 trabalhadores espalhados pelas escolas de cardação e fiação, num raio de influência que compreendia Penamacor, Castelejo, Casteleiro, Alpedrinha, Lardosa, S. Vicente da Beira, S. Miguel d’Acha, S. Gião e Penalva. Contabilizavam-se ainda 1 375 mulheres, que possuíam, em suas casas, rodas pertencentes à Real fábrica, onde exerciam trabalho domiciliário. Na sua dependência encontrava-se também a Real Fábrica do Fundão, onde laboravam mais 147 operários e 1 355 fiadeiras em regime doméstico na Vila e nos arredores, em diversas escolas de fiação.

Rota da Lã | Percurso 3

O itinerário proposto, pelo Centro Histórico, sobrepõe-se inicialmente com o percurso da Ribeira da Carpinteira, entre o Núcleo da Real Fábrica de Panos do Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior e o cruzamento da Rua Marquês d’Ávila e Bolama com a Rua do Peso da Lã.

Subindo por esta, a toponímia reporta-nos para o local onde se pesava e se pagava a respetiva taxa do concelho, do qual hoje não existem quaisquer evidências de campo. Chega-se à Rua Visconde da Coriscada e ao centro cívico da cidade. Na proximidade do Largo 5 de Outubro, no atual edifício Millenium BCP localizou-se o armazém de lãs da firma Ernesto Cruz, cuja fábrica se localizava no sítio do Sineiro. Na Rua Comendador Mendes Veiga, em memória do ilustre industrial, localiza-se atualmente a sede do Sporting Clube da Covilhã no edifício que foi casa de habitação de Francisco Henriques da Cruz e um importante armazém de lanifícios da firma Cruz & Cunhado. O imóvel é constituído por 3 pisos, com cobertura em telha marselha, varandas em ferro, frisos decorativos em granito ao longo de todo o alçado e nas várias aberturas da fachada.